Tom Hickman
Através da história o homem reverenciou o pênis como o seu “mais precioso ornamento”. Ainda assim, de forma ambivalente, o pênis sempre foi fonte das suas mais profundas neuroses. Será que as mulheres o consideram, no estado ereto, ridículo em sua essência? Por que um homem não pode estar seguro de que sua ferramenta vai se erguer e desempenhar quando ele comanda? Se e quando ele se recusa a funcionar, de forma definitiva, o que pode ser feito para remediar a situação? E existe, claro, a questão do tamanho... Quão grande é grande? Quão pequeno é pequeno? Qual é a média? Onde cada homem se encaixa? Possuir um pênis, segundo Sófocles, é estar “acorrentado a um louco”. Um Rabisco de Deus examina em profundidade a relação esquizofrênica entre o homem e esse louco – e a relação conjunta desse estranho par com o sexo feminino. Um Rabisco de Deus é a história do pênis proveniente da mitologia, das culturas universais, da religião, da literatura, da ciência, da medicina e da vida contemporânea, com seus altos e baixos – o macabro e o apavorante, o engraçado e o triste – tudo narrado com uma inteligência mordaz.
“Um homem nada mais é do que um sistema destinado a garantira vida de seu pênis.”
Joe Orton, dramaturgo
“uma pessoinha... um alter ego em geral mais evasivo... e mais inteligente do que o indivíduo”. Simone de Beauvoir, no primeiro tratado feminista do pós-guerra – The Second
Sex – sobre as mães falando com seu filho do sexo masculino.
“Você nunca encontra um homem sozinho”, uma feminista escreveu.
“Estão sempre em dupla: ele e seu pênis.”
“O tamanho do pênis não é realmente importante. Como dizem, não se trata do tamanho do barco, mas do comprimento do mastro dividido pela área de superfície da vela principal, subtraída do perímetro da bomba de porão. Ou algo assim. ” Donna Untrael
Os tibetanos acreditam que ser superdotado não traz sorte para um homem: quando agachado, caso o seu pênis atinja o final de calcanhar, sua vida será cheia de tristeza; todavia, caso seu pênis não seja mais longo do que seis vezes a largura de um dedo, ele será rico e bom
marido.
“Quase todo o macho parece invejar o pênis de alguém.”
Dr. Bernie Zilbergeld em The New Male Sexuality.
Como Susan Bordo (The Male Body) observa, “Que outra parte do corpo humano é tão capaz de satisfazer um desejo de corpo inteiro manifestado pelo outro?”. É um assunto que agrada e fascina as mulheres o fato de serem elas mesmas fatores instrumentais para fazer o pênis
acordar.
Será que falta aos homens inteligência emocional para entender
as necessidades do desejo sexual da mulher? A questão tem sido feita com frequência (o feminismo descreveu o pênis como “o olho que tudo vê, mas não nada entende”).
Uma ereção pode bombear o suficiente para a penetração, mas, sem explicação para o seu responsável, perde interesse nos procedimentos, deixando a sua receptora se sentindo, como uma mulher descreveu, “tentando manter-se na superfície, em um bote salva-vidas que se esvazia aos poucos”.
Trecho
“(O pênis) tem acordos com a inteligência humana e às vezes demonstra uma inteligência própria, a qual um homem desejaria estimular, mas ele fica obstinado e segue seu curso; e às vezes se move por conta própria, sem permissão nem pensamento de seu dono. Se o dono está acordado ou dormindo, ele faz o que lhe apetece; muitas vezes o homem está dormindo e
ele acordado; ou o homem gostaria de entrar em ação, mas ele se recusa; em muitos casos ele quer ação e o homem proíbe. Eis porque se diz que essa criatura parece ter vida e inteligência separadas das do homem”. Leonardo da Vinci
Sobre o autor
Tom Hickman é um jornalista veterano que trabalhou em diversos jornais e revistas de grande circulação, como colaborador especial, editor especial e editor. Trabalhou também na BBC e é autor de diversos livros, incluindo: O segurança de Churchill, Morte: Guia do Usuário e O que você fez durante a guerra, Titia?
Título: Um rabisco de Deus Autor: Tom Hickman
Páginas: 224 Formato: 14 x 21 cm Preço: R$ 39,90
ISBN: 978-85-62969-29-4
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